domingo, 5 de julho de 2009

Tempos

Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.

António Ramos Rosa, Viagem Através de uma Nebulosa


(ln)

3 comentários:

Inês disse...

:D

Francisco disse...

Coincidência engraçada. Quando estávamos em ensaios eu andava a ler um livro dele: "O Não e o Sim".

abelha.

Francisco disse...

... que, recordo agora, não gostei muito.