Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
António Ramos Rosa, Viagem Através de uma Nebulosa
(ln)
3 comentários:
:D
Coincidência engraçada. Quando estávamos em ensaios eu andava a ler um livro dele: "O Não e o Sim".
abelha.
... que, recordo agora, não gostei muito.
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