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terça-feira, 24 de março de 2009

Um lugar estranho

Porque tentei e não fui capaz.
Porque quis, mas não sei como
Porque é fácil, mas eu complico
Porque está perto,mas não tão perto
Porque encontro mas não quero ver
E porque quando vejo deixo perder-se outra vez
Porque sou eu, mas não o sou
Porque agora sou isto, e agora não
Porque sei tudo, porque não sei nada
Porque nao saber nada é vazio
Porque o vazio é um lugar a preencher
Porque eu sonho, mas não faço
Porque eu faço mas não está bem
Porque está bem mas podia ser o melhor
Porque ser o melhor não me interessa

Porque eu disse que sim, mas pensei que era melhor não
Porque por momentos hesitei, mas controlei
Porque eu quero controlar sempre, e sempre é muito tempo
E porque voces estão ai, e eu estou noutro lugar...

Neste lugar estranho.
Neste meu lugar estranho
Porque eu sou esse lugar

Um poema, duas músicas, uma que me define entre tantos outros eus, outra porque gosto de balões e há sempre quem tenha fisgas e os tenta rebentar, e um fim de filme, onde tudo era proibido, e no fim oferecido como um abraço último ...um momento meu.
Porque ser meu não quer dizer que não possa ser um pouco vosso

O poema:

O Recreio

"Na minha Alma há um balouço
Que está sempre a balouçar -
Balouço à beira dum poço,
Bem difícil de montar...-

E um menino de bibe
Sobre ele sempre a brincar...

Se a corda se parte um dia
(E já vai estando esgarçada),
Era uma vez a folia:
Morre a criança afogada...-

Cá por mim não mudo a corda,
Seria grande estopada...

Se o indez morre, deixá-lo...
Mais vale morrer de bibe
Que de casaca... Deixá-lo
Balouçar-se enquanto vive...-

Mudar a corda era fácil...
Tal ideia nunca tive..."

(Mário de Sá-Carneiro)


As músicas









O fim de um filme






Porque não existem pedestais quando se gosta, porque tudo fica mais perto sem eles, e porque há mesmo lugares onde toda a gente trata a gente toda por igual... Até já.