A carreira de Kieślowski divide-se entre a fase polaca e a francesa. Depois de concluir a faculdade, começa a produzir documentários. A vida dos trabalhadores e dos soldados era o foco principal desses filmes. A narrativa dos documentários passa a influenciar os primeiros filmes de ficção do director. "A Cicatriz", "Blind Chance" e "Amador" são exemplos desse estilo.
Mais tarde, Krzysztof Kieślowski realizou para a Televisão Polaca uma série de filmes baseados nos Dez Mandamentos (chamada Decálogo) - um filme por mandamento, todos tratando de conflitos morais. Dois deles foram posteriormente produzidos, transformados em longa-metragens: Não Matarás e Não Amarás. A forma de contar a história muda nesta fase. O director passa a usar uma quantidade mínima de diálogos, concentrando-se no poder da imagem e das cores. As palavras são substituídas por uma poesia imagética.
O cineasta aprimorou o seu estilo nos filmes seguintes. Os quatro últimos filmes do director foram realizados através de uma produção francesa: "A dupla vida de Veronique" (com Irène Jacob) e a Trilogia das Cores (A liberdade é azul, A Igualdade é Branca e A Fraternidade é Vermelha). A trilogia das cores foram os filmes de mais sucesso comercial. São baseados nas cores da bandeira francesa e no lema da revolução do país. O toque de Kieslowski está na sua representação das palavras liberdade, igualdade e fraternidade e na forma que as cores dão ao ambiente psicológico da história. Outro ponto interessante é reparar no cruzamento de elementos em comum entre os três filmes.
(ln)
1 comentário:
as coisas que esta Senhora sabe... bj, l.
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