terça-feira, 31 de março de 2009

Urbanitas com AAAFDUP

No passado domingo os Urbanitas levaram a AAAFDUP para uma passeata pelo PR2 de Amarante. Fica a fotografia da bicheza, que tanto agrada à nossa primaurbanitae Joana Neto...

Foto de Afonso Bianchi

(lbc)

Cara de Cigana

Palminhas, palminhas...

LOL

"por motivos talvez claros", foi preferível retirar a música da Olga e da Fadista, para não estragar a surpresa aos nossos fãs...

(lbc)

Saudades da Páscoa no Alentejo


"Toada de Portalegre"
* escrita pelo José Régio da janela do quarto da casa que conheço desde pequena

** experimentem ouvir a versão dita pelo João Villaret numa cadência que nos deixa sem fôlego


"Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Morei numa casa velha,
À qual quis como se fora
Feita para eu morar nela...
Em Portalegre, dizia,
Cidade onde então sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem fôr,
Na tal casa tosca e bela
À qual quis como se fora
Feita para eu morar nela,
Tinha, então,
Por única diversão,
Uma pequena varanda
Diante de uma janela
Toda aberta ao sol que abrasa,
Ao frio que tosse e gela
E ao vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda
Derredor da minha casa,
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos e sobreiros
Era uma bela varanda,
Naquela bela janela!
Serras deitadas nas nuvens,
Vagas e azuis da distância,
Azuis, cinzentas, lilases,
Já roxas quando mais perto,
Campos verdes e amarelos,
Salpicados de Oliveiras,
E que o frio, ao vir, despia, rasava, unia
Num mesmo ar de deserto
Ou de longínquas geleiras,
Céus que lá em cima, estrelados,
Boiando em lua, ou fechados
Nos seus turbilhões de trevas,
Pareciam engolir-me
Quando, fitando-os suspenso
Daquele silêncio imenso,
Sentia o chão a fugir-me. (…)"



(ln)

segunda-feira, 30 de março de 2009

Indie Lisboa 2009



Uma vez mais, a não perder, num cinema (mais ou menos) perto de si.

http://www.indielisboa.com/

(ln)

domingo, 29 de março de 2009

Gran Torino



(jn)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Maestro

O maestro sacode a batuta,
E lânguida e triste a música rompe...

Lembra-me a minha infância, aquele dia
Em que eu brincava ao pé de um muro de quintal
Atirando-lhe com uma bola que tinha dum lado
O deslizar dum cão verde, e do outro lado
Um cavalo azul a correr com um jockey amarelo...

Prossegue a música, e eis na minha infância
De repente entre mim e o maestro, muro branco,
Vai e vem a bola, ora um cão verde,
Ora um cavalo azul com um jockey amarelo...

Todo o teatro é o meu quintal, a minha infância
Está em todos os lugares, e a bola vem a tocar música,
Uma música triste e vaga que passeia no meu quintal
Vestida de cão tornando-se jockey amarelo...
(Tão rápida gira a bola entre mim e os músicos...)

Atiro-a de encontro à minha infância e ela
Atravessa o teatro todo que está aos meus pés
A brincar com um jockey amarelo e um cão verde
E um cavalo azul que aparece por cima do muro
Do meu quintal... E a música atira com bolas
À minha infância... E o muro do quintal é feito de gestos
De batuta e rotações confusas de cães verdes
E cavalos azuis e jockeys amarelos...

Todo o teatro é um muro branco de música
Por onde um cão verde corre atrás de minha saudade
Da minha infância, cavalo azul com um jockey amarelo...

E dum lado para o outro, da direita para a esquerda,
Donde há arvores e entre os ramos ao pé da copa
Com orquestras a tocar música,
Para onde há filas de bolas na loja onde comprei
E o homem da loja sorri entre as memórias da minha infância.

E a música cessa como um muro que desaba,
A bola rola pelo despenhadeiro dos meus sonhos interrompidos,
E do alto dum cavalo azul, o maestro, jockey amarelo tornando-se preto,
Agradece, pousando a batuta em cima da fuga dum muro,
E curva-se, sorrindo, com uma bola branca em cima da cabeça,
Bola branca que lhe desaparece pelas costas abaixo...


in Chuva Oblíqua Fernando Pessoa

No Dia Mundial do Teatro, como em todos os outros, de facto, o teatro é o meu quintal...
(jn)

quarta-feira, 25 de março de 2009

Krzysztof Kieślowski

Krzysztof Kieślowski (Varsóvia, 27 de Junho de 1941 — Varsóvia, 13 de Março de 1996)

A carreira de Kieślowski divide-se entre a fase polaca e a francesa. Depois de concluir a faculdade, começa a produzir documentários. A vida dos trabalhadores e dos soldados era o foco principal desses filmes. A narrativa dos documentários passa a influenciar os primeiros filmes de ficção do director. "A Cicatriz", "Blind Chance" e "Amador" são exemplos desse estilo.

Mais tarde, Krzysztof Kieślowski realizou para a Televisão Polaca uma série de filmes baseados nos Dez Mandamentos (chamada Decálogo) - um filme por mandamento, todos tratando de conflitos morais. Dois deles foram posteriormente produzidos, transformados em longa-metragens: Não Matarás e Não Amarás. A forma de contar a história muda nesta fase. O director passa a usar uma quantidade mínima de diálogos, concentrando-se no poder da imagem e das cores. As palavras são substituídas por uma poesia imagética.

O cineasta aprimorou o seu estilo nos filmes seguintes. Os quatro últimos filmes do director foram realizados através de uma produção francesa: "A dupla vida de Veronique" (com Irène Jacob) e a Trilogia das Cores (A liberdade é azul, A Igualdade é Branca e A Fraternidade é Vermelha). A trilogia das cores foram os filmes de mais sucesso comercial. São baseados nas cores da bandeira francesa e no lema da revolução do país. O toque de Kieslowski está na sua representação das palavras liberdade, igualdade e fraternidade e na forma que as cores dão ao ambiente psicológico da história. Outro ponto interessante é reparar no cruzamento de elementos em comum entre os três filmes.



(ln)

"INTERROGAÇÃO"

As promised. Sobre os inícios e os começos, as certezas ou a falta delas.

"INTERROGAÇÃO"

Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crê! nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.

Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito
Como a esposa sensual do Cântico dos cânticos.

Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de Inverno.

Passo contigo a tarde e sempre sem receio
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca.
Eu não demoro a olhar na curva do teu seio
Nem me lembrei jamais de te beijar a boca.

Eu não sei se é amor. Será talvez começo...
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.

Camilo Pessanha, Clepsidra

terça-feira, 24 de março de 2009

Um lugar estranho

Porque tentei e não fui capaz.
Porque quis, mas não sei como
Porque é fácil, mas eu complico
Porque está perto,mas não tão perto
Porque encontro mas não quero ver
E porque quando vejo deixo perder-se outra vez
Porque sou eu, mas não o sou
Porque agora sou isto, e agora não
Porque sei tudo, porque não sei nada
Porque nao saber nada é vazio
Porque o vazio é um lugar a preencher
Porque eu sonho, mas não faço
Porque eu faço mas não está bem
Porque está bem mas podia ser o melhor
Porque ser o melhor não me interessa

Porque eu disse que sim, mas pensei que era melhor não
Porque por momentos hesitei, mas controlei
Porque eu quero controlar sempre, e sempre é muito tempo
E porque voces estão ai, e eu estou noutro lugar...

Neste lugar estranho.
Neste meu lugar estranho
Porque eu sou esse lugar

Um poema, duas músicas, uma que me define entre tantos outros eus, outra porque gosto de balões e há sempre quem tenha fisgas e os tenta rebentar, e um fim de filme, onde tudo era proibido, e no fim oferecido como um abraço último ...um momento meu.
Porque ser meu não quer dizer que não possa ser um pouco vosso

O poema:

O Recreio

"Na minha Alma há um balouço
Que está sempre a balouçar -
Balouço à beira dum poço,
Bem difícil de montar...-

E um menino de bibe
Sobre ele sempre a brincar...

Se a corda se parte um dia
(E já vai estando esgarçada),
Era uma vez a folia:
Morre a criança afogada...-

Cá por mim não mudo a corda,
Seria grande estopada...

Se o indez morre, deixá-lo...
Mais vale morrer de bibe
Que de casaca... Deixá-lo
Balouçar-se enquanto vive...-

Mudar a corda era fácil...
Tal ideia nunca tive..."

(Mário de Sá-Carneiro)


As músicas









O fim de um filme






Porque não existem pedestais quando se gosta, porque tudo fica mais perto sem eles, e porque há mesmo lugares onde toda a gente trata a gente toda por igual... Até já.

Mas do que eu gosto mesmo afinal

não é de posts em nome colectivo. É de vos pôr a todos num pedestal.

(e pronto, agora acho que até a Lila e o Sérgio (!!!!) já bufam)


Terra Dos Sonhos - Jorge Palma

PS - 'Na terra dos sonhos, toda a gente trata a gente toda por igual' :)

segunda-feira, 23 de março de 2009

Proposta à mesa após aturada reflexão ;-)

No sentido de preservar a nossa vida social, estive a pensar que podiamos alterar os objectivos do grupo: podiamos deixar de FAZER peças.
Ou seja, o grupo de teatro dÀc podia ser um grupo que VAI ao teatro uma vez por mês.
;-)

Pronto, boa semana.

(ln)

sábado, 21 de março de 2009

Rodrigo Leão

Para recordar a Sala Suggia. Ontem foi assim... Mesmo nos dias maus, há sempre momentos que nos salvam.
"A gente vive na mentira, já não dá conta do que sente..."
(Jn)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Quase fim de semana

«O que eu quero principalmente é que vivam felizes». Não lhes disse talvez estas palavras, mas foi isto o que eu quis dizer. No sumário, pus assim: «Conversa amena com os rapazes». E pedi, mais que tudo, uma coisa que eu costumo pedir aos meus alunos: lealdade. Lealdade para comigo, e lealdade de cada um para cada outro. Lealdade que não se limita a não enganar o professor ou o companheiro: lealdade activa, que nos leva, por exemplo, a contar abertamente os nossos pontos fracos ou a rir só quando temos vontade (e então rir mesmo, porque não é lealdade deixar então de rir) ou a não ajudar falsamente o companheiro. «Não sou, junto de vós, mais do que um camarada um bocadinho mais velho. Sei coisas que vocês não sabem, do mesmo modo que vocês sabem coisas que eu não sei ou já esqueci. Estou aqui para ensinar umas e aprender outras.

Ensinar, não: falar delas.

Aqui e no pátio e na rua e no vapor e no comboio e no jardim e onde quer que nos encontremos».

Sebastião da Gama, Diário



(ln)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Chloe


Suspended

Do mp3 do Gil.

Em jeito de presente de aniversário.

(lbc)

19 de Março




Saudações pitufas do dÀc

quarta-feira, 18 de março de 2009

Porra: nem mortos!







olha que dois


Lisboa que amanhece - Séergio Godinho

A letra aqui.

(FN)

Peter Pan

"Il y a encore des tas de jeunes filles qui sont elévées dans l'espoir de rencontrer une espèce de prince charmant.
LES PRINCES NE SONT PAS CHARMANTS, ILS NE SONT PAS PRINCES.
C'EST À L'AMOUR À LES RENDRE PRINCES ET CHARMANTS.
C'est à elles à faire le travail.
Comme aux gars aussi enfin...
ON SE FABRIQUE SES CADEAUX."

Jacques Brel, 1968

(ln)

Fim de dia

"E uma vez mais, só as pequenas coisas foram ditas.
As grandes coisas permaneceram lá dentro por dizer."

(O Deus das Pequenas Coisas, Arundhati Roy)

(ln)

terça-feira, 17 de março de 2009

Dias de sol


“Veio-me um desejo de ser monge, ali onde a vida não chega, ou lagarto sobre a pedra onde me sentei. Um desejo de absoluto e de nada. Olhei ao longe este mar (...) e esta luz de eternidade, vi pedras e giestas e pinheiros e golfinhos ao fundo, vi tudo o que me manteve cativo até hoje e toda a liberdade à minha frente, olhei o passado e o futuro, o Norte e o Sul, e levantei os braços para voar sobre tudo isto (...).”
(Miguel Sousa Tavares)

quarta-feira, 11 de março de 2009

"ESPECTÁCULO"

Quando
tu me vires no futebol
estarei no campo
cabeça ao sol
a avançar pé ante pé
para uma bola que está
à espera dum pontapé
à espera dum penalty
que eu vou transformar para ti
eu vou atirar para ganhar
vou rematar
e o golo que eu fizer
ficará sempre na rede
a libertar-nos da sede
não me olhes só da bancada lateral
desce-me essa escada
e vem deitar-te na grama
vem falar comigo como gente que se ama
e até não se poder mais vamos jogar
Quando
tu me vires no music-hall
estarei no palco
cabeça ao sol
ao sol da noite das luzes
à espera dum outro sol
e que os teus olhos os uses
como quem usa um farol
não me olhes só dessa frisa lateral
desce pela cortina
e acompanha-me em cena
vamos dar à perna
como gente que se ama
e até não se poder mais vamos bailar
Quando
tu me vires na televisão
estarei no écran
pés assentes no chão
a fazer publicidade
mas desta vez da verdade
mas desta vez da alegria
de duas mãos agarradas
mão a mão no dia a dia
não me olhes só desse maple estofado
desce pela antena
e vem comigo ao programa
vem falar à gente
como gente que se ama
e até não se poder mais
vamos cantar
E quando
à minha casa fores dar
vem devagar e apaga-me a luz
que a luz destoutra ribalta às vezes não me seduz
às vezes não me faz falta
às vezes não me seduz
às vezes não me faz falta
(Sérgio Godinho)
(ln)

Sylvain Chauveau

Os ensaios começam assim. Obrigada Gil.



Hoje vim postar... A Olga vingou-se ontem. Emancipei-me.
O próximo vai ser a versão salsa da "ne me quitte pas". Descoberta do Coelho.

(JN)

terça-feira, 10 de março de 2009

É tão bom uma amizade assim...



Senhor Sérgio Godinho

(lbc)

HELP! (ou de como uns estão a ficar mais velhos do que outros, pronto)

AS PESSOAS QUE ENTRARAM NA UNIVERSIDADE ESTE ANO NASCERAM EM 1990


Não se lembram de Gorbatchov ter sido eleito e de ter iniciado a abertura da URSS.

Não se lembram de a Madonna ter lançado o "True Blue".

Não se lembram de Rosa Mota ter sido medalha de ouro em Seul.

Não se lembram da Guerra do Golfo.

Para eles só existiu um Papa.

Não fazem ideia do que foi o "Live Aid" e nunca cantaram "We are the World, We are the Children..."

Não sabem o que foi Chernobyl nem se lembram de quando Gabriel Garcia Marquez ganhou o Nobel

Não se recordam da desintegração da União Soviética nem da libertação de Mandela.

Para eles "The Day after" é uma pílula, não o título de um filme e CCCP é um monte de letras ou um erro de teclado atribuível ao lixo na Internet.

Só lhes calhou ouvir falar de uma Alemanha, ainda que na escola lhes tenham contado que havia duas.

Na realidade, aos seus olhos uma metade da Alemanha ser comunista soa-lhes mais estranho que meio Japão povoado de negros.

O 25 de Abril é tão histórico como a I e a II Guerra Mundiais.

São demasiado jovens para se lembrarem da explosão do Challenger.

A SIDA existiu toda a sua vida.

Não chegaram a jogar com o velho "Spectrum" nem tiveram discos de vinil: a expressão "pareces um disco riscado" não significa nada para eles.

A Guerra das Estrelas parece-lhes bastante falso e os efeitos especiais patéticos.

Sempre houve atendedores de chamadas e, afinal, o que é isso do fax?

Para eles nunca houve outra forma de levantar dinheiro senão em caixas na parede.

O "Bébé Proveta" é mais velho do que eles.

Muitos deles não sabem que a televisão só tinha 2 canais e nunca viram uma televisão a preto e branco.

Os vídeos sempre existiram e não podem sequer entender o que é ver televisão sem telecomando.

Nunca viram "A Abelha Maia", "Marco", "Viki o Viking" ou "Heidi" e não acreditariam que o Herman José foi lançado pelo Nicolau Breyner em " Sr. Contente e Sr. Feliz".

Pela pinta, Kareem Abdul-Jabbar deve ser um terrorista fundamentalista muçulmano.

Nunca nadaram a pensar no "Tubarão".

Michael Jackson sempre foi branco.

Para eles "Os amigos de Alex" é só um programa de rádio e provavelmente se vissem o "Flash Dance" dava-lhes vontade de rir.

Nunca ouviram falar no J.R.Ewing e não sabem que mataram a Laura Palmer.

Não sabem quem eram os "Anjos de Charlie", o "Zeca Diabo" ou a "Cornélia" e nunca se riram com o Archie Bunker.

Nunca viram "Gente Fina é outra Coisa" e só viram reposições de "Uma Família às Direitas", da "Balada de Hill Street" ou do "Alô, Alô".

(LN)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Ne me quitte pas



Monsieur Jacques Brel

Ne me quitte pas, il faut oublier
Tout peut s’oublier qui s’enfuit déjà
Oublier le temps des malentendus
Et le temps perdu à savoir comment
Oublier ces heures qui tuaient parfois
A coups de pourquoi le coeur du bonheur
Ne me quitte pas, ne me quitte pas,
ne me quitte pas

Moi, je t’offrirai des perles de pluie
Venues de pays où il ne pleut pas
Je creuserai la terre, jusqu’ après ma mort
Pour couvrir ton corps d’or et de lumière
Je ferai un domaine où l’amour sera roi
Où l’amour sera loi, où tu seras reine
Ne me quitte pas, ne me quitte pas,
ne me quitte pas

Ne me quitte pas, je t’inventerai
Des mots insensés que tu comprendras
Je te parlerai de ces amants là
Qui ont vu deux fois leurs coeurs s’embraser
Je te raconterai l’histoire de ce roi
Mort de n’avoir pas pu te rencontrer
Ne me quitte pas, ne me quitte pas,
ne me quitte pas

On a vu souvent rejaillir le feuDe l’ancien volcan
qu’on croyait trop vieux
Il est parait-il des terres brûlées
Donnant plus de blé qu’un meilleur avril
Et quand vient le soir pour qu’un ciel flamboie
Le rouge et le noir ne s’épousent-ils pas?
Ne me quitte pas, ne me quitte pas,
ne me quitte pas

Ne me quitte pas je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler, je me cacherai là
A te regarder danser et sourire
Et à t’écouter chanter et puis rireLaisse-moi
devenir l’ombre de ton ombre
L’ombre de ta main, l’ombre de ton chien
Ne me quitte pas, ne me quitte pas,
ne me quitte pas

terça-feira, 3 de março de 2009

Mas afinal, quem é que não conhece (II)?



Sitio do Pica Pau Amarelo. Infância feliz!

Ensaios

Nova Localização: Rua da Alegria, 341, Porto


Segundas-feiras: 19h30 - 23h30

Próxima quarta-feira (4.3.2009): 20h30 (meninas, coelho, ácaro, olga, glória)