quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pinturices...





Muito agradecidos...

(mais um post colectivo)

Porque tem piada

Afinal a mulher era terapeuta da fala...
Aqui deixo o vídeo que vos falava.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Vamos seguir o chefe

Mayra Andrade

"Diz que" a senhora vem a Portugal em Junho.

4 de Junho - Porto, Coliseu

7 de Junho - Lisboa, CCB


(E quem não conhece vá ouvir, e aproveite também para ouvir a Lura, e pronto).


(ln)

Para todos aqueles que gostariam de reescrever ou apagar a história

Nunca choraremos bastante quando vemos
O gesto criador ser impedido
Nunca choraremos bastante quando vemos
Que quem ousa lutar é destruído
Por troças por insídias por venenos
E por outras maneiras que sabemos
Tão sábias tão subtis e tão peritas
Que nem podem sequer ser bem descritas

Sophia de Mello Breyner, Livro Sexto, 1962

(ln)

sábado, 25 de abril de 2009

"Diz que" o Genito faz anos!

Parabéns dÀc para a Marta A.!

E que viva o dia em liberdade (bom trocadilho, hein?)

(Mais um post colectivo!)

sexta-feira, 24 de abril de 2009

ainda a musa

Absolutamente fenomenal

Vi ontem o "Encounters at the end of the world", do Werner Herzog, na sessão de abertura do Festival de Cinema Independente de Lisboa: o(s) sonho(s) (em) branco(s), a procura, a aventura, o humor da estranheza.
(Pergunta: Como é que veio parar à Anctártida?
Respostas (síntese livre): Aqueles que querem sair do mapa vêm parar aqui, onde as linhas do mapa se juntam/Aqueles que andam soltos, sem nada que os agarre noutros lados, caem aqui.)
A não perder quando/se chegar às salas de cinema. Ou a não perder por qualquer outro meio.

(ln)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Pré-notícia (para marcação nas agendas)


No ano em que comemora dez anos de existência, o grupo de teatro direitoÀcena vai apresentar uma nova produção nos próximos dias 18, 19 e 20 de Maio: "A Ópera do Falhado", de J.P. Simões.

(ln)


segunda-feira, 20 de abril de 2009

diz o vice-rei (vulgo Luís Noronha):

"A tua mulher é bem gira... quando ela me fazia uma pergunta nem sabia o que dizer!"

Não se pode mesmo cancelar a peça?

Sugestão cinéfila: Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004)

Não é voltar atrás o que eu queria. Todos sabem que não se pode voltar atrás, nem se pode continuar o que se começou. (...) É outra coisa, outra vida. (...) É preciso dar tempo ao tempo (...). Eu não gostava nada. Dar tempo ao tempo? Já reparaste o tempo que o tempo demora a passar, não achas que é mais do que suficiente? Porque é que queres dar mais tempo ao tempo? Achas que ele precisa de ajuda?
Pedro Paixão, Histórias Verdadeiras

Porque não é quando eu quero que tu apareces, és tu que decides, suponho. Ou um deus que nos protege com um sorriso. (...) Se tu viesses. Ainda que trouxesses a tua pequena ruga de irritação. E se te sentasses aqui comigo (...) a ouvir a tempestade. (...) E inventássemos a harmonia de estarmos assim um com o outro (...) a ouvir a chuva e o vento. E ficarmos assim em silêncio por já termos dito tudo.
Vergílio Ferreira, Cartas a Sandra

(...) Depois, quando já era tempo de voltarmos e havia vontade e havia saudade e aquilo começava a doer, começámos a procurar as palavras na cabeça, repetindo-as para dentro, como um ensaio, e já não eram palavras que chegassem e continuámos calados sem nos falar. (...) As primeiras palavras (...) nunca vêm a propósito. As últimas também.
Pedro Paixão, Histórias Verdadeiras
(ln)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Madrid

Chinchón... A grande surpresa da viagem. A uma hora de autocarro do centro de Madrid, mas bate pontos em pitufice.

O museo del Prado... Palavras para quê?
O delírio foi no Reina Sofia. Ver o Guernica à minha frente assinalou um grande momento.

As fotos não são de lugares, são de olhares sobre os lugares... Afinal, é o nosso olhar que os torna especiais...
Apesar dos acidentes de percurso, adorei. Amanhã já vos conto os pormenores aparentemente dramáticos, que se tornaram hilariantes...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Moods

Suzanne
(by Leonard Cohen)*

Suzanne takes you down to
her place near the river
You can hear the boats go by
You can spend the night beside her
And you know that she's half crazy
But that's why you want to be there
And she feeds you tea and oranges
That come all the way from China
And just when you mean to tell her
That you have no love to give her
Then she gets you on her wavelength
And she lets the river answer
That you've always been her lover
And you want to travel with her
And you want to travel blind
And you know that she will trust you
For you've touched her perfect body
with your mind.

(...)

* (Salvé, Lila!)
** (E os bandalhos que não conhecem...vão ouvir)
(ln)

tributo à inspiradora



O arroz de cogumelos também saíu bem.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

"Olha a Isabel, olha..."

Ir a Lisboa para jantar é uma bonita aventura.
Boa música, boa comida, boa companhia,bons amigos e conversas... Confesso que este é o melhor elogio à amizade, o próprio elogio da amizade.

Não esqueço.

Estação de metro de S.Sebastião. A Inês foi buscar 3 flores, que não existiam naquela loja. Eu e o Francisco, parados, cansados, a pensar em comida admito, ouvimos alguém falar para nós, chamando pela nossa atenção apesar de estar à nossa frente. Ouvimos, olhamos, vimos realmente a pessoa. Conselhos ao Francisco, formas de dizer,formas de expressão como qualquer outra. A forma de conversar... "Olha a Isabel,olha..." e partiu, devagar, por entre quem se apressava para o metro. E ao partir,deixou algum espaço mais. Estarmos sozinhos, apenas connosco, ocupa muito espaço.

Não esqueço e sei que tu também não Noronha, não estou certo?
Eu reparo em tudo, estou atento, sou atento. Olho para onde as pessoas menos olham, onde menos se espera esse olhar. Vejo o menos visível aos olhos e naquele momento não ia reparar nela...

Elogio da loucura que se confunde com o elogio dessa amizade que é também esta de por vezes dizer a alguém uma palavra, quando nada mais parece fazer fazer sentido.

E no fim dizer: Olha, lá vai a Isabel, até já Isabel.

Fomos a Lisboa jantar, decerto dirão :"LOUCOS"

Eu afirmo, sim, loucos, mas também fomos lá ouvir música, comer fruta com chocolate, conversar até de madrugada e conhecer a Isabel.

Que doce aventura esta.

Para todos os loucos deste dia, e sobretudo para essa Isabel que só nos cravou umas palavras, certamente uma das razões desta música, deixo a própria. Até já.


Loucos De Lisboa - Rui Veloso e Ala dos Namorados

aquela boçalidade de que nós gostamos...



... é efectivamente certo, aliás!
Regurgitemos de tanta boçalidade, pois.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Arca de Noé

Aqui fica a versão da Arca que animou as nossas tardes de fim-de-semana de infância. Há uns que dizem que a Arca "eram desenhos animados" mas eu não sei, nunca vi essa versão.



(lbc)

terça-feira, 7 de abril de 2009

(fe)male



Em busca de inspiração para criar o Ácaro...

(lbc)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

TNSJ - Tambores na Noite

Bora?

de 20 de Março a 26 de abril



de Bertolt Brecht
encenação e cenografia: Nuno Carinhas
interpretação: Emília Silvestre, Fernando Moreira, Joana Manuel, João Castro, Jorge Mota, José Eduardo Silva, Luís Araújo, Marta Freitas, Paulo Freixinho, Pedro Almendra, Pedro Frias, Sara Carinhas e Pedro Jorge Ribeiro




"Tambores é um perfeito exemplo da vontade humana. Fi-lo para ganhar dinheiro.” A confissão é do jovem Bertolt Brecht – um mulherengo, anarquista, songwriter, estudante de medicina, provocador, leitor de Rimbaud, e o que mais houver –, que assim revela o impulso que esteve na origem de uma peça que viria a causar profundo mal-estar ao Brecht da maturidade, ao ponto de levá-lo a equacionar a possibilidade de a excluir das “obras completas”. Afrontando o sentimentalismo, os ideais políticos e as boas intenções filantrópicas, Tambores na Noite exibe – contra o pano de fundo da Revolução Espartaquista na Alemanha do início do século XX – o esplendor de um herói… disfuncional, ou humano, demasiado humano: Andreas Kragler, proletário que, no regresso da frente de combate e do cativeiro em África, hesita entre a rua e a casa, a bandeira e a cama, a revolução e a noiva. A encenação de Tambores na Noite, que se torna agora a primeira de Nuno Carinhas na qualidade de Director Artístico do TNSJ, dá livre curso à força criativa da escrita do jovem Brecht, explorando os diferentes ritmos e os registos contraditórios de uma obra que subverte os modelos teatrais da época. Sob o signo de uma lua de sangue – nas palavras de B.B., “requisito quase imprescindível (e muito perigoso) das revoluções” – encena-se o mundo como circo da História…"


Sugestão: domingo, matiné (16h) dia 19.4.2009 | quarta, quinta 22, 23 (21h30)

domingo, 5 de abril de 2009

Oh Tchékhas!, havias de dar um salto ali na rua da alegria!

Nunca partilhei do entusiasmo de Kátia pelo teatro. A meu ver, se a peça for boa, para produzir o efeito desejado não há necessidade de obrigar os actores a trabalhar: basta que a leiamos. Ora, se a peça for má, nenhuma interpretação a fará melhor.
Na minha juventude ia muito ao teatro e, ainda agora, a família compra um camarote e leva-me a "refrescar" ao teatro duas vezes por ano. Isto não basta, claro, para ter o direito de opinar sobre teatro, mesmo assim direi duas palavras. Penso que o teatro não está melhor do que era trinta ou quarenta anos atrás. Tal como antes, não consigo encontrar nos corredores ou no átrio um copo de água pura. Tal como antes, a camaroteira espeta-me com uma multa de vinte copeques pela minha peliça, embora nada haja de censurável em vestirmos roupa quente no Inverno. Tal como antes, nos intervalos toca sem qualquer necessidade uma música que só adiciona à impressão que nos está a produzir a peça mais uma impressão que não era para cá chamada. Tal como antes, os homens vão ao bufete à procura de bebidas alcoólicas. Ora, se não é possível o progresso em coisas pequenas, seria inútil procurá-lo nas importantes. Quando um actor, emaranhado dos pés à cabeça em preconceitos teatrais de todo o género, tentar ler o monólogo simples e normal "Ser ou não ser", não de um modo simples e normal mas, sabe-se lá porquê, obrigatoriamente sibilando e convulsionando o corpo todo, ou quando tenta convencer-me a todo o custo que Tchátskim que não pára de conversar com parvos e está apaixonado por uma parvalhona, é um homem muito inteligente, e que "A Desgraça de ser inteligente" não é uma peça enfadonha, sopra-me do palco aquela mesma rotina que já me aborrecia quarenta anos atrás, quando me serviam uivos clássicos e bater de punhos no peito.


in Contos de Tchékhov