sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Dia dos namorados à moda de quem-nós-sabemos

Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado, é igual fé,não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho.

de Adélia Prado

Poesia num cartaz exposto em vitrina de uma florista no Porto (enfeitada a propósito do Dia dos Namorados) que é como quem diz "deixe lá. assim também ninguém lhes toca...". Sábias palavras.

(lbc)

3 comentários:

direitoÀcena disse...

LOL! E bom fim de semana que a vida tem muito mais piada com SOL!

(LN)

Joana Neto disse...

Sem comentários.EHEH

Inês disse...

Cheira-me que Adélia Prado é o pseudónimo de alguém... ;p