sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Mas afinal, quem é que não conhece?



Vale a pena conhecer o Marinheiro mais famoso do mundo, Corto Maltese de Hugo Pratt.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Três em um


Para a Inês que pediu uma foto,

Para a Joana que pediu um postal,

Para a Margarida que pediu uma lembrança.
ISTAMBUL, 22.02.09


(LN)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Urbanitas - núcelo de pedestrianismo do dÀc (7)

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Domingo: 22.2.2009

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Local de encontro: Praça da Ribeira, Porto, 10h

Destino: Ribeira Portuense
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(lbc)

Apresentações

Marta F.: "Quero ter três filhos. Quero ganhar o euromilhões."
Luisa N.: "A minha cor favorita é o azul. Quero conhecer Goa."
Luisa F.: "Preocupo-me muito com os outros. Agora eu, sozinha"
Joana N.: "Gosto de dançar. Gosto de longas conversas: A sério? Não acredito..."
Liliana C.: "Não acredito em Deus porque nunca o vi. Gosto de Bossanova."
Sérgio R.: "Não confio em ninguém. Os meus amigos ficam ofendidos quando sabem disso."
Catarina C.: "O horário da CP entre Porto-Aveiro-Porto. O meu passado está em Coimbra."
Gilberto O.: "Acidente aos 8 anos. Amo-te. Aos 2."
Irmã do G.O.: "Gilberto vai à frente e chama o elevador. Elevadoor..."
Margarida C.: "Gosto de pensar a fumar. Também penso quando não fumo..."
Marta A.: "Como diz a minha mãe... Aprendi com a Fabi."

in ensaio de 16.2.2009.

(lbc)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Próximo Ensaio

Quinta feira, dia 26, das 18h30 às 21h.

(LN)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Coisas sérias e bonitas a propósito de coisas tolas e disparatadas (vulgo a palhaçada do Dia dos Namorados)

"Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. (...)"

Miguel Esteves Cardoso

(LN)

Dia dos namorados à moda de quem-nós-sabemos

Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado, é igual fé,não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho.

de Adélia Prado

Poesia num cartaz exposto em vitrina de uma florista no Porto (enfeitada a propósito do Dia dos Namorados) que é como quem diz "deixe lá. assim também ninguém lhes toca...". Sábias palavras.

(lbc)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Dizemos

José Saramago
Fevereiro 11, 2009
"Dizemos aos confusos, Conhece-te a ti mesmo, como se conhecer-se a si mesmo não fosse a quinta e mais difícil operação das aritméticas humanas, dizemos aos abúlicos, Querer é poder, como se as realidades bestiais do mundo não se divertissem a inverter todos os dias a posição relativa dos verbos, dizemos aos indecisos, Começar pelo princípio, como se esse princípio fosse a ponta sempre visível de um fio mal enrolado que bastasse puxar e ir puxando até chegarmos à outra ponta, a do fim, e como se, entre a primeira e a segunda, tivéssemos tido nas mãos uma linha lisa e contínua em que não havia sido preciso desfazer nós nem desenredar emanharados, coisa impossível de acontecer na vida dos novelos, e, se uma outra frase de efeito é permitida, nos novelos da vida."

Publicado em O Caderno de Saramago
(LN)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

JP Simões



Gosto mais desta:)

Diu

Isto é em honra ao nosso último jantar:)

E para a Marta (F.) não vai nada, nada, nada...

TUDO!!!!!!!

Um abraço de parabéns, Martita!

(ln)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

"Se por acaso me vires por aí"



*

(Ele)
Se por acaso me vires por aí
Disfarça, finge não ver
Diz que não pode ser, diz que morri
Num acidente qualquer
Conta o quanto quiseste fazer
Exalta a tua versão
Depois suspira e diz que esquecer
É a tua profissão

E ouve-se ao fundo uma linda canção
De paz e amor

(Ela)
Se por acaso me vires por aí
Vamos tomar um café
Diz qualquer coisa, telefona, enfim
Eu ainda moro na Sé
Encaixotei uns papeis e não sei
Se hei-de deitar tudo fora
Tenho uma série de cartas para ti
Todas de uma tal de Dora

E ouvem-se ao fundo canções tão banais
De paz e amor

(Ele)
Se eu por acaso te vir por aí
Passo sem sequer te ver
Naturalmente que já te esqueci
E tenho mais que fazer
Quero que saibas que cago no amor
Acho que fui sempre assim
Espero que encontres tudo o que quiseres
E vás para longe de mim

E ouve-se ao fundo uma velha canção
De paz e amor

(Ela)
Na sexta-feira acho que te vi
À frente da Brasileira
Era na certa o teu fato azul
E a pasta em tons de madeira
O Tó talvez queira te conhecer
Nunca falei mal de ti
A vida passa e era bom saber
Que estás em forma e feliz

E ouve-se ao fundo uma triste canção
De paz e amor

Ensaio

5.2.2009, quinta-feira, 19h30, fdup

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Parabéns pra você...

Luísa, é o teu dia.
O dÀc deseja-te parabéns e muitos Dias Felizes!