Tua mãe dava-te nomes pequenos, como se a maré os trouxesse com os caramujos.
Ela queria chamar-te afluente-de-junho, púrpura-onde-a-noite-se-lava, branca-vertente-do-trigo, tudo isto apenas numa sílaba.
Só ela sabia como se arranjava para o conseguir, meu-baiozinho-de-prata-para-pôr-ao-peito.
Assim te queria. Eu, às vezes.
Já não me lembrava desta doçura...
Obrigada Joana Neto pela recordação.
(lbc)
3 comentários:
Este Senhor deixa-me sempre sem palavras. Obrigada Lila :)
Como te dizia ontem enquanto lia, parecia que ouvia a tua voz na minha cabeça.. Foi assim que me apercebi que conhecia o poema...Que sensação...Obrigada eu!
(jn)
DireitoÀcena,gostei muito.
Sempre acho algo agradável para ler neste blog, razão pela qual sempre a ele retorno para mais ler e mais gostar.
Agora, os carinhosos monossílabos maternos, que acodem os que de pequeno eu mesmo ouvia há muito, mas muito tempo.
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