terça-feira, 23 de outubro de 2007

Dizem que é uma espécie de apresentação!

1. As origens

O Direito à Cena - Grupo de Teatro da Faculdade de Direito da Universidade do Porto foi criado em 1999, com a finalidade de, envolvendo simultaneamente alunos e docentes, ajudar à construção de uma ideia de Escola mais integrada, mais completa e mais madura.

O desejo de constituir um grupo de teatro a Faculdade de Direito da Universidade do Porto fez-se sentir desde o início da própria faculdade, em 1995. Contudo, só no Verão de 1999 se deu o passo decisivo: a Associação de Estudantes, contando com o apoio financeiro disponibilizado pelo Instituto Português das Artes do Espectáculo e pelo Conselho Directivo da Faculdade, promoveu a participação de docentes e discentes num curso de formação de actores ministrado pelo Balleteatro, que decorreu entre 11 de Novembro de 1999 e 30 de Abril de 2000, e que culminou com a apresentação de "Free Flow", o trabalho final, na Balleteatro Auditório.

Foram assim lançadas as bases para a criação do Grupo de Teatro da Faculdade – que veio a designar-se
direitoàcena.

Após esta primeira fase de formação, estavam criadas as condições para a passagem à fase seguinte, de exteriorização, trabalhando para aqueles que dão sentido ao teatro: o público.
Essa maioridade correspondeu simbolicamente à apresentação da peça de estreia, em Dezembro de 2000: o Processo, de F. Kafka.

2. Os objectivos

O DireitoàCena, Grupo de Teatro da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, tem como objectivos privilegiados os seguintes:

a) formação
Representando a cultura e o ensino importantes veículos de formação, o Grupo de Teatro da FDUP propõe-se contribuir para o despertar da cidadania e da vontade de conhecer e aprender.
Apresentando através da expressão dramática problemáticas jurídicas, que têm um marcante e directo reflexo na comunidade em geral, mas não só, o Grupo deseja abordar temas e provocar a sua discussão, suscitando a vontade de participação na construção de uma melhor sociedade.
Por outro lado, através de actividades paralelas à peça, o Grupo tentará despertar o interesse do seu público para assuntos de interesse cultural, relacionados com a arte dramática (por exemplo: divulgação das obras escritas pelo autor da peça escolhida para representar, divulgação das peças em cena na cidade do Porto, organização de palestras e tertúlias com profissionais do teatro, promoção de recitais de poesia, etc).

b) descentralização da produção teatral

Uma das dificuldades que se apontam à formação de um público de teatro são as barreiras com que se defronta o teatro amador. Para trazer público ao teatro é preciso formá-lo e informá-lo. Nessa tarefa, os grupos de teatro amador encontram-se em posição privilegiada na medida em que surgem directa e naturalmente no seio do potencial mas não efectivo espectador, revelando-se com maior proximidade relativamente a este.

c) integração da comunidade universitária

Tomando consciência de que a comunidade universitária vive num meio que muito bem conhece e a recebe, é tempo de fazer o caminho inverso: dar à cidade que acolhe a Universidade oportunidade de a conhecer e de a viver.
Por isso, o Grupo de Teatro da FDUP, constituído por alunos, antigos alunos e docentes da Faculdade, propõe-se servir como elo de ligação entre a Universidade do Porto e a Cidade Invicta, dirigindo o produto do seu trabalho não só ao público universitário, mas também a todos os habitantes da área metropolitana do Porto.
Ainda neste sentido, o Grupo tenciona estabelecer protocolos de colaboração em áreas técnicas do teatro, tais como cenografia, som e luz e figurinos, com Escolas profissionais e técnicas na área do espectáculo da cidade do Porto e com as Faculdades de Arquitectura e Belas Artes da Universidade do Porto.

Trabalhos apresentados


Free Flow
Encenação: Jorge Levi
30 de Abril de 2000, no Balleteatro Auditório

Miscelânea Poética
Encenação: Alfredo Martins
23 de Maio de 2000, na Faculdade de Direito da Universidade do Porto

O Processo, de Franz Kafka
Encenação: Cláudia Marisa;
15 e 16 de Dezembro de 2000, no Teatro Latino, Porto.
Reposição: 15 e 16 de Março de 2001, no auditório da Academia Contemporânea do Espectáculo, Porto, 19, 20 e 21 de Maio de 2001

A Medeia, de Eurípides
Encenação: Roberto Merino
6 a 8 de Dezembro de 2001, no Teatro Latino, Porto.
Reposição: 22 de Maio de 2002, no T.Zero.Com , Porto, no âmbito do “Pó de Palco – I Festival de Teatro Universitário do Porto”

Sono Lento
Encenação: Alfredo Martins
12 a 14 de Dezembro de 2002, Teatro da Vilarinha, Porto

Mulher ao espelho
Encenação: DireitoàCena
17 e 18 de Maio de 2004, Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade do Porto

Biblioteca Infernal, de Zoran Zivkovic
Encenação: DireitoàCena
23, 24 e 25 de Outubro de 2006, Biblioteca Prof. Doutor Jorge Ribeiro de Faria na FDUP


Outras actividades
Organização de noites de poesia e de idas colectivas ao teatro.
Organização de workshops e actividades de formação.
Publicação de um boletim informativo, intitulado Sobre teatro ... um pouco.

O Grupo de Teatro é "apadrinhado" pelo Dr. Laborinho Lúcio.


Fizeram já parte do direitoàcena:

Alexandre Venade, Alfredo Martins, Ana Campos Pinto, Ana Pires, Angela Pinto, António Matos, Carlos Oliveira, Cláudia Bonucci Pereira, Claúdia Linhares, Diogo Feio, Inês Folhadela, Joana Guimarães, José Reis, Filipe Gabriel, Filipe Gaspar, Manuel Luis Gonçalves, Marta Palmeirão, Nuno Mendes, Pablo de Dios Crespo, Patricia Santos, Rui Cunha, Rute Almeida, Sofia Ramalho, Tomásia Moreira.

Não esquecemos a colaboração de:

João Fontes e Bruno Santos (Esmae), Luz e Som
Alunos do 2.º ano do curso superior de arquitectura da Escola Superior de Artes do Espectáculo e Prof. Telmo Castro, Maquetas de cena
Afonso Bianchi (FDUP), Luz e Som

Está na calha um trabalho sobre a Obra de Fernando Pessoa, a apresentar em Abril de 2008.

(lbc)

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