domingo, 31 de janeiro de 2010

INVICTUS

Lembro-me de me ter comovido quando Mandela foi libertado há vinte anos.

Lembro-me de me ter comovido quando recebeu o Nobel em 1993.

Lembro-me de me ter comovido quando foi eleito presidente em 1994.

Hoje voltei a sentir porquê.


Obrigada, Madiba.


LN

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Hoje quando cheguei a casa já estavam todos a dormir. Luzes todas apagadas, portanto - nem a do hall deixaram acesa. Abro a porta e não consigo ver nada, mas há um ponto de luz azulada na mesa da entrada. Não estava ali ontem à noite, acho. Vou lá investigar o que é e encontro aquela Nossa Senhora pirosa (desculpe sr engenheiro, mas contra factos não há argumentos) que o Gil nos ofereceu antes da estreia da peça. A minha mãe deve ter estado em arrumações e apareceu-lhe aquela maravilha. Agora, por que é que aquilo foi ali parar, isso já não sei. De repente deu-me um ataque de saudades dos ensaios, destas coisinhas parvas de que nos vamos lembrar sempre e do efeito campo de férias, que está completamente adormecido. Anda cada um na sua vida e ainda bem. Ainda bem que há vida para além do direitoÀcena - relembro que houve alturas em que chegámos a duvidar disso :) -e que estamos todos cheios de projectos e amigos novos (ou de volta aos antigos) e que somos felizes assim (somos não somos? Eu, falo por mim, acho que sou). Mas, caramba...eu agora voltava uma semana inteirinha para o campo de férias. Vocês não?

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

"O Haiti é aqui"


Haiti

(Caetano Veloso e Gilberto Gil)

http://www.youtube.com/watch?v=EDB2nZSbkLg

Quando você for convidado pra subir no adro
Da fundação casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se os olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque um batuque
Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária
Em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada:
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do fantástico,
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão
Se você for a festa do pelô, e se você não for
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui


E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
Plano de educação que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino do primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba

Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui

LN

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Lhasa

A cantora Lhasa de Sela morreu sexta-feira aos 37 anos vítima de cancro da mama, em Montreal, Canadá, anunciou domingo o seu agente.

De acordo com um comunicado publicado pelo agente da cantora, David-Etienne Savoeie, em nome da família e amigos, Lhasa de Sela "morreu de cancro da mama após 21 meses de combate com coragem e determinação".

Conhecida como a cantora nómada, Lhasa de Sela morreu no dia 1 de Janeiro no seu domicílio em Montreal, cidade onde vivia há vários anos.

A artista nasceu no estado de Nova Iorque, mas desde cedo aprendeu a ser nómada e a absorver melhor de diferentes culturas, por ter viajado durante vários anos com a família pelos Estados Unidos e México.

Essa diversidade cultural reflecte-se na sua música, com um imaginário de sons e palavras (em inglês, francês ou espanhol) que remetem para a América Latina, para a vida cigana ou para a cultura árabe.

Lhasa começou a cantar com 13 anos em cafés e bares de São Francisco, Califórnia, com um repertório retirado do jazz.

Mantendo a itinerância e o espírito de saltimbanco, a artista passou pelo Canadá, onde compôs o primeiro álbum, "La Llorona", editado em 1997.

LN

Hannah e Martin, Teatro Aberto, Lisboa

A peça vale pelo texto (muuuuuito bom), pela encenação, pelo jogo de luz e imagem.

Pena o trabalho dos actores....mau!

http://www.teatroaberto.com/index2.php?lg=1&idmenu=8&idsubmenu=21


LN


sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Bom ano

"Ring the bells that still can ring

Forget your perfect offering

There is a crack in everything

That's how the light gets in".



(Leonard Cohen, Anthem)





LN