Em À Espera de Godot espera-se por nada e esse nada, é o que de facto existe. O resto, o tudo, são as palavras, as coisas e as pessoas para as quais (e de quais) elas falam. E essas são o que são. Estão lá e existem por si só. Servem para realçar o contrário. Servem para dar sentido ao medo que sentimos quando não sentimos o sentido das coisas. Servem para nos lembrar de que entre elas (e entre elas e as coisas) existe esse enorme e poderoso vazio, cheio de tudo e de nada, que desconhecemos e imaginamos, que antecipamos e receamos e que, inútil e insistentemente, procuramos compreender."
João Fiadeiro
João Fiadeiro
2 comentários:
Voltei a esquecer-me de assinar o post :P
:) bis.
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