quinta-feira, 27 de maio de 2010

Biblioteca Infernal II

O cast e a técnica de som...

(lbc)

domingo, 16 de maio de 2010

de boas intenções...

Há dias, estava eu quase quase a entrar para a Sala Estúdio Latino (no Sá da Bandeira) para assistir a "7: AM", da Palmilha Dentada, quando me apercebo de que os senhores à minha frente eram portadores de bilhete para o espectáculo... de Fernando Mendes - que dá pelo nome de mendes.come, com este "e" mesmo assim no final - e que teria lugar à mesma hora, mas na sala do Teatro Sá da Bandeira propriamente dito. Ou seja, a uns parcos metros da sala para onde eu me encaminhava. Atrás de mim, encostados à parede, uns foliões já se tinham apercebido da situação e riam-se cheios de cumplicidade e maquiavelismo, com um "nós não lhe vamos dizer, tu vais?!" estampado nas testas.

Agora perguntem-me: qual é o dilema?

Do nada


Em À Espera de Godot espera-se por nada e esse nada, é o que de facto existe. O resto, o tudo, são as palavras, as coisas e as pessoas para as quais (e de quais) elas falam. E essas são o que são. Estão lá e existem por si só. Servem para realçar o contrário. Servem para dar sentido ao medo que sentimos quando não sentimos o sentido das coisas. Servem para nos lembrar de que entre elas (e entre elas e as coisas) existe esse enorme e poderoso vazio, cheio de tudo e de nada, que desconhecemos e imaginamos, que antecipamos e receamos e que, inútil e insistentemente, procuramos compreender."

João Fiadeiro